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O GUERREIRO DO AÇO E SEU RECONHECIMENTO NA SIDERURGIA
Em cerimônia realizada na abertura do 41° Seminário de Aciaria, em 2010, Omar Afrange é homenageado pela ABM
“Não pretendo parar por aqui; ainda vou inventar alguma coisa na área siderúrgica”. Foi com essa frase que o empresário Omar Dibo Calixto Afrange, fundador da Carboox, iniciou sua fala de agradecimento à homenagem que lhe foi prestada pela ABM. A cerimônia ocorreu na abertura do 41° Seminário de Aciaria, realizado em Resende (RJ), em 2010, por meio da Divisão Técnica de Fusão, Refino e Solidificação.
No auge da
produtividade, com 79 anos na época, emocionado e demonstrando humildade – como
era de seu costume – Omar afirmou, perante um auditório lotado, ter se
surpreendido com a homenagem. Falando de forma tranquila, resumiu seu estado de
espírito com as seguintes palavras: “Isso me trouxe muita alegria e estímulo
para continuar lutando e batalhando cada vez mais”.
Ao lembrar sua
trajetória, afirmou: “estou muito contente por ter sido um pioneiro
bem-sucedido na área de solda elétrica automática, fabricando fluxos que têm
interface muito ligada à siderurgia. Comecei minha formação com um curso básico
de química. Posteriormente, fiz uma extensão em tecnologia de vidro,
mineralogia, petrografia e geologia, além de capacitação em várias áreas,
principalmente na metalurgia. Também sou químico e tecnólogo em vidro, graças a
uma pós-graduação feita no exterior”.
Em seu primeiro
emprego, disse ter tido “contato com escória e óxido de berílio; foi um
processo de devitrificar o óxido de berílio e transformá-lo em sílica e
alumina”. A partir desse momento, abriu-se um novo horizonte profissional em
sua trajetória, que culminou com o desenvolvimento e fabricação de
fluxante, o
qual não deixa de ser um vidro que funde na interface placa-molde.
Munido desse
conhecimento e aprendizado, ele disse ter partido para uma de suas maiores
batalhas, agora como empreendedor, ou seja, a fundação da Carboox. Ao final do
seu discurso, foi fortemente aplaudido pela plateia.
Outra batalha,
conta Omar Filho, foi realizar as tratativas junto à ABM, para que a empresa
fosse a anfitriã do evento que aconteceu de 23 a 26 de maio de 2010 nas
dependências da Aman - Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende (RJ).
Afinal, na época, a companhia já tinha uma posição de destaque no fornecimento
de produtos, serviços e tecnologia para a área de aciaria, principalmente
fluxantes.
Nada ocorreu
por acaso, relembra Omar Filho. Além de seu potencial operacional, a empresa se
localizava numa das cidades de maior crescimento no Estado do Rio de Janeiro,
em um polo industrial de destaque. Por sua vez, a Aman dispunha do maior
anfiteatro da América Latina, como parte de amplas e modernas instalações, onde
estiveram presentes 323 inscritos no evento, entre engenheiros, empresários,
executivos, os quais participaram de ampla programação, incluindo as sessões
técnicas que contaram com 79 trabalhos, além da exposição de produtos e
tecnologias voltados para o setor.
A homenagem
representa uma prática da ABM, mas sua efetivação por meio das Divisões
Técnicas ocorre de maneira muito comedida. Assim como o Omar Dibo Calixto
Afrange, os escolhidos são pessoas que prestam serviços relevantes à comunidade
metalúrgica, de materiais e mineração.
Omar Filho
lembra que a homenagem ao seu pai contou com o empenho de várias pessoas da
empresa, inclusive sua, e foi um sucesso de público e de conteúdo, com a presença
de muitos colaboradores. Estiveram presentes também representantes dos poderes
legislativo (estadual) e executivo (municipal e estadual), além do comandante
geral da Aman, general de brigada Edson Leal Pujol.
“Foi muito bom
porque o velho teve o reconhecimento de sua dedicação tanto ao trabalho
prestado à entidade como para a Comunidade Minerometalúrgica, desde a Cosol
(Comissão de Soldagem), da qual foi membro antes de se engajar na siderurgia.
Depois ele executou diversas atividades na ABM, já na área de siderurgia,
inclusive no exterior”, afirmou Omar Filho, lembrando que seu pai recebeu a
homenagem simbolizada em uma placa da ABM, que lhe foi entregue por José Luiz
Brandão, que na época era presidente do Conselho da ABM, e gerente geral de Pesquisa
e Desenvolvimento da CSN.
